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Valéria Guerra Reiter

Escritora, historiadora, atriz, diretora teatral, professora e colunista

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Um eterno palco de marionetes

Existe uma casta de excelência educacional existindo para gerar educação (apenas) para os futuros ocupantes do parlamento, do executivo, e de outros segmentos

Sala de aula (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil | Cecília Bastos/USP IMAGEM)

“Aula de reposição para estudantes do terceiro ano do Ensino Médio. Como esse é o último ano de geografia no terceiro ano, achei por bem preparar os estudantes para o ENEM solicitando uma redação sobre questões contemporâneas”: fala recente de um professor do Ensino Médio do Estado do Rio de Janeiro.

O trecho acima poderia servir como pano de fundo de qualquer thriller. Ele expressa duas tristes realidades: a primeira o quesito “reposição” de dias de greve  realizada pelo direito ao piso nacional, que não foi pago pelo governo do RJ; e outro, a lamentável “despedida” de disciplinas, como Geografia, no terceiro ano, isto pois, que a “Deforma” do Ensino Médio segue seu curso hediondo de substituir biologia, física e química por disciplinas como “O que rola por aí”.

 Não poderia ser diferente por ser um evidente jogo de cartas marcadas; ora, ser educador no Brasil é personificar um ato trágico, e os mamulengos envolvidos seguem enfeitados, no palco secular da falácia de ensinar e aprender, proliferando frustrações eternas.

A frustração mata, frase minha no site o pensador, foi criada depois de anos de apriorismo, empirismo e reflexão na esfera da práxis educativa. Afinal, o sistema educacional está oprimido pela planificação (externa) advinda do imperialismo mundial; imperialismo este que está acima de qualquer governo eleito.

  Há agendas internacionais a serem cumpridas, e elas apregoam desarranjo educativo, que sempre vigorou e ainda vigora na intrincada malha acadêmica nacional, comandado por poderes supranacionais.

 É lamentável ver as correntes amarradas em pés e mãos de docentes e discentes da Escola pública, em especial no Rio de Janeiro. Como é desgastante observar o DESRESPEITO ESTRUTURAL com a referida classe tão primordial. Por isso que a Ética e a  Moral estão usando muletas.

No Brasil a política para o povo parece ser de “Quebrar as pernas e oferecer as muletas” e ademais, enquanto existir bancos ávidos por superlucros: nunca haverá educação de qualidade para todos, o que resulta em prosperidade geracional de uma legião de “miseráveis”: subempregados, alienados e descapitalizados brasileiros retroalimentando o círculo eterno da pobreza. Veja o fragmento a seguir: “Em 2021, havia um ápice de 62,525 milhões de brasileiros abaixo da linha de pobreza, o equivalente a 29,4% da população sobrevivendo com menos de R$ 16,20 por dia, segundo os dados da Síntese dos Indicadores Sociais (SIS) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

P.S.  Infelizmente não aconteceram, nem debates nem consulta pública em relação a nefasta Reforma do Ensino Médio. Colégios particulares não desejam melhoria para o Ensino público, que se tornou uma caixa para guardar milhões de indigentes  que existem no Brasil. 

 Existe uma casta de excelência educacional existindo para gerar educação (apenas) para os futuros ocupantes do parlamento, do executivo, e/ou de outros segmentos privados ou públicos, como titereiros de um articulado teatro de bonifrates.

#ValReiterjornalismohistórico

 

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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