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Prisão de Cid irrita cúpula do Exército, que pediu a Alexandre de Moraes para libertá-lo

Segundo colunista do Globo, ministro do STF foi procurado por emissários dos militares, mas manteve a preventiva, para proteger investigação

Mauro Cid durante depoimento na CPI dos Atos Golpistas (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

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247 - O colunista Lauro Jardim, de O Globo, informa que a cúpula do Exército está irritada com a prisão do tenente-coronel Mauro Cid, que é filho de general e foi ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.

Segundo o jornalista, é consenso no Alto Comando que a carreira de Cid nas Forças Armadas acabou, mas sua punição só deveria ocorrer quando os processos a que responde forem concluídos.

Emissários dos militares já se reuniram com Alexandre de Moraes e fizeram esse pleito. "Xandão, no entanto, reagiu dizendo que as investigações em curso feitas pela PF lhe dão motivos para manter a preventiva de Cid e que fatos novos estão aparecendo", diz o jornalista.

Mauro Cid ficou em silêncio ao prestar depoimento na CPMI do 8 de janeiro, na semana passada. Negou-se a responder até a perguntas que não o incriminam, como sua idade.

Ele tinha medida da ministra Cármen Lúcia que lhe garantia o direito de não responder a perguntas que poderiam representar provas contra si, o que não é o caso de revelar a idade.

Mauro Cid compareceu ao depoimento com a farda do Exército, o que seria uma orientação da própria força.

O tenente-coronel foi preso preventivamente depois que foram encontradas provas de que ele falsificou a caderneta de vacinação dele, da esposa, da filha e de Jair Bolsonaro e da filha.

A quebra de seu sigilo telefônico e telemático revelou também conversas com interlocutores que articulavam o golpe de estado para impedir a posse de Lula.


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