"O presidente Lula cuidou dos mais pobres, mas a classe média ainda está a ver navios", diz Fernando Horta
Historiador também alertou para a sabotagem que vem sendo conduzida pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto
247 – No programa Brasil Agora da terça-feira 11, o historiador Fernando Horta compartilhou suas reflexões sobre as políticas implementadas até o momento pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e disse que o governo tem se concentrado em cuidar dos mais pobres, porém ressaltou que a classe média ainda não tem sido beneficiada de maneira satisfatória. "Até agora, neste terceiro governo, o presidente Lula cuidou dos mais pobres, mas a classe média ainda está a ver navios", disse ele.
Outro ponto abordado na entrevista foi a deflação registrada no mês de junho, que atingiu 0,08%. Horta considerou esse índice preocupante, pois reflete a fragilidade do mercado de consumo. O historiador reconheceu os esforços do presidente para lidar com a situação, mas ressaltou a importância de obter investimentos industriais para reverter esse quadro.
Fernando Horta também mencionou que a fórmula adotada pelo governo Lula é semelhante à do passado, mas agora busca resultados em um prazo mais curto. No entanto, ele alertou para a capacidade de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, de sabotar a economia brasileira por meio de altas taxas de juros.
Conciliação com os militares – O historiador também falou sobre o depoimento do tenente-coronel Mauro Cid na CPI do dia 8 de janeiro. Horta considerou tal depoimento uma vergonha para as Forças Armadas, uma vez que a presença de Cid em uniforme militar indica o aval do Exército a suas ações. O historiador destacou que a CPI revela os limites existentes para punir os militares, deixando claro que o presidente Lula nunca teve interesse em puni-los.
Por fim, Horta abordou a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmando que ele está lutando pela sobrevivência contra todas as adversidades. O historiador mencionou que tanto a direita quanto a esquerda comemoram sua inelegibilidade, mas ressaltou que Bolsonaro não irá desistir facilmente. Assista:
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