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"Devemos ignorar as polêmicas de Eduardo Bolsonaro", diz Leonardo Stoppa

Jornalista afirma que a extrema direita tenta continuar existindo criando polêmicas absurdas

(Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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247 – No programa "Leo ao Quadrado" da última segunda-feira 10, o jornalista Leonardo Stoppa expressou sua opinião sobre a recente declaração do deputado Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, que comparou professores a traficantes durante um ato pró-armamentista. Stoppa afirmou que é necessário ignorar Eduardo Bolsonaro no debate público e destacou que a declaração reflete uma tentativa da extrema direita de continuar existindo.

A declaração de Eduardo Bolsonaro, alvo de críticas por diversos setores da sociedade, ocorreu durante um evento em que ele criticava o Ministério da Justiça. Ao comparar professores a traficantes de drogas, o deputado demonstrou um profundo desrespeito pela categoria e pelas instituições de ensino.

Diante desse contexto, o líder da bancada do PSOL, Guilherme Boulos, apresentou uma representação ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados contra Eduardo Bolsonaro. Boulos considera inadmissível o comportamento do deputado e ressalta que essa declaração reflete a postura destrutiva que a família Bolsonaro adotou em relação à educação e aos professores durante os quatro anos de mandato presidencial.

Leonardo Stoppa, por sua vez, criticou a atitude de Eduardo Bolsonaro e afirmou que é necessário deixar de dar espaço ao discurso da extrema direita. Segundo o jornalista, o objetivo da extrema direita é tentar se manter relevante, buscando pautas controversas, como o "kit-gay" e a "mamadeira de piroca", para desviar a atenção dos problemas reais enfrentados pelo país. "Devemos ignorar Eduardo Bolsonaro, pelo menos no debate público. Eles querem um novo kit-gay, uma nova mamadeira de piroca. Eles não conseguem falar mal do governo Lula. O André Valadão ataca a liberdade sexual. O Eduardo ataca os professores. O que a extrema direita está fazendo é tentar continuar existindo", disse ele.

Stoppa também mencionou outros casos em que membros da extrema direita têm atacado questões relacionadas à liberdade sexual e aos direitos individuais. Ele citou o pastor evangélico André Valadão, que tem se posicionado contra a liberdade sexual, e agora Eduardo Bolsonaro, que ataca os professores.

O jornalista concluiu que a sociedade não deve dar voz a esse tipo de discurso e que é necessário focar em questões relevantes para o desenvolvimento do país. Ele destacou que o Brasil agora tem um governo, ao invés de um grupo de "gângsteres passeando de motocicleta", e reiterou o compromisso em trabalhar para valorizar os professores e fortalecer a educação. Assista:

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