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BlackRock fecha acordo de US$12,5 bi com Global Infrastructure Partners

A empresa tem um histórico de adicionar ativos para reforçar o crescimento e diversificar durante períodos de fraqueza do mercado

O logotipo da BlackRock é retratado fora da sua sede da empresa no bairro de Manhattan, em Nova York, Nova York, EUA, 25 de maio de 2021 (Foto: REUTERS/Carlo Allegri)

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NOVA YORK/LONDRES (Reuters) - A BlackRock anunciou nesta sexta-feira a compra da Global Infrastructure Partners (GIP) por 12,5 bilhões de dólares, em uma grande aposta em ativos alternativos, e anunciou reformulação do alto escalão da administração.

O negócio - que inclui 3 bilhões de dólares em dinheiro e 12 milhões de ações da BlackRock - fará com que a gigante da gestão de ativos se torne uma das maiores participantes em ativos alternativos - com um total de 150 bilhões de dólares - e mercados privados.

A BlackRock, que administra 10 trilhões de dólares em ativos em todos os mercados, tem procurado o que espera ser um acordo transformador, com o presidente-executivo, Larry Fink, dizendo a analistas no ano passado que a empresa estava envolvida em mais negociações do que em "muitos, muitos anos".

A empresa tem um histórico de adicionar ativos para reforçar o crescimento e diversificar durante períodos de fraqueza do mercado.

Fundada em 2006, a GIP administra mais de 100 bilhões de dólares em ativos e tem um portfólio que inclui o aeroporto britânico de Gatwick, o Porto de Melbourne e grandes projetos eólicos offshore.

"A infraestrutura é uma das mais empolgantes oportunidades de investimento de longo prazo, já que uma série de mudanças estruturais reformulam a economia global", disse Fink.

"A união dessas duas empresas criará a plataforma de infraestrutura para oferecer as melhores oportunidades de investimento da categoria para clientes em todo o mundo, e não poderíamos estar mais entusiasmados com as oportunidades que temos pela frente", disse ele.

A BlackRock também revelou mudanças em sua estrutura de gerência sênior, em um momento em que crescem as especulações sobre quem sucederá Fink, que fundou a BlackRock em 1988, na presidência-executiva.

Stephen Cohen se tornará diretor de produtos e liderará um novo grupo de estratégia de produtos globais, enquanto Salim Ramji, chefe global de iShares e investimentos em índices, está saindo, de acordo com um memorando da empresa visto pela Reuters.

A BlackRock também está criando uma nova estrutura de negócios internacionais, sob o comando de Rachel Lord, para liderar Europa, Oriente Médio, Índia e a região Ásia-Pacífico, diz o memorando.

Cinco dos sócios fundadores do GIP se juntarão à BlackRock, incluindo o presidente do GIP, Bayo Ogunlesi, que também se juntará ao conselho de administração da BlackRock após o conclusão do negócio, acrescentou.

Ogunlesi deixará o conselho do Goldman Sachs após sua transferência para a BlackRock, disse o presidente-executivo do Goldman, David Solomon, nesta sexta-feira.

A infraestrutura é uma das classes de investimento mais em voga, auxiliada pelo aumento da demanda por infraestrutura logística e digital, e pelos trilhões de dólares necessários para a descarbonização.

"À primeira vista, consideramos a transação como positiva no longo prazo, já que o investimento em private equity e dívida é uma das categorias de crescimento mais rápido dentro da gestão de ativos", disse Kyle Sanders, analista da Edward Jones.

LUCRO BATIDO

A BlackRock também divulgou alta de 8% no lucro trimestral, ajudada por uma recuperação nos mercados que impulsionou seus ativos sob gestão.

As esperanças de um pouso suave para a economia dos EUA - um cenário em que a inflação diminui sem um aumento acentuado do desemprego - animaram os mercados nos últimos meses.

Uma inclinação dovish do Federal Reserve, que deixou as taxas de juros inalteradas desde julho, também impulsionou a confiança dos investidores, ajudando a BlackRock a encerrar o quarto trimestre com 10,01 trilhões de dólares em ativos sob gestão (AUM), acima dos 8,59 trilhões do ano anterior.

Em uma base ajustada, a BlackRock teve lucro de 1,45 bilhão de dólares, ou 9,66 dólares por ação, nos três meses encerrados em 31 de dezembro, em comparação com 1,36 bilhão, ou 8,93  dólares por papel, um ano antes.

Analistas, em média, esperavam lucro de 8,84 dólares por ação, de acordo com dados da LSEG.

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