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CNJ vai julgar 19 juízes por desvios de conduta; Gabriela Hardt, da Lava Jato, está entre eles

Gabriela Hardt é suspeita de não ter tomado as devidas providências após ser alertada por Tony Garcia sobre ilegalidades cometidas por Sergio Moro

Gabriela Hardt (Foto: Enéas Gomez/Divulgação)

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247 - O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) está preparado para iniciar uma importante sessão presencial nesta terça-feira (20), para examinar casos de desvios de conduta supostamente cometidos por 19 juízes em todo o Brasil. A pauta da primeira sessão presencial do ano inclui processos que envolvem desde venda de sentença até manifestações político-partidárias. É improvável que todos os casos sejam analisados em uma única sessão, porém, já foram definidas as prioridades, incluindo acusações de venda de sentenças contra quatro desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) do Rio de Janeiro e dois do Tribunal da Justiça da Bahia, informa Carolina Brígido, do UOL. Além disso, destaca-se o caso da juíza federal Gabriela Hardt, que atuou na 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pelos processos da Operação Lava Jato.

O CNJ, que atua na esfera administrativa e examina processos disciplinares contra magistrados, poderá impor penas que variam desde advertências até aposentadorias compulsórias. Penas de prisão, que podem resultar na perda do cargo, estão sujeitas a processos criminais na Justiça.

Gabriela Hardt está sob escrutínio por supostamente não tomar providências após ser alertada sobre possíveis ilegalidades cometidas pelo ex-juiz parcial Sergio Moro e ex-procuradores da República. As acusações foram feitas pelo empresário Tony Garcia.

Os desembargadores do Rio de Janeiro enfrentam acusações criminais relacionadas a um esquema de corrupção dentro do TRT. Eles são acusados de receberem propina no valor de R$ 8,5 milhões, supostamente ligados ao ex-governador do Rio Wilson Witzel. Destaca-se o desembargador Marcos Pinto da Cruz como o principal articulador desse esquema, juntamente com José da Fonseca Martins, Fernando Antonio Zorzenon da Silva e Antonio Carlos de Azevedo Rodrigues.

Da mesma forma, os desembargadores da Bahia, Gesivaldo Nascimento Britto e Sérgio Humberto de Quadros Sampaio, estão sob investigação na Operação Faroeste, acusados de participar de um esquema de venda de decisões judiciais para a legitimação de terras no estado.

O desembargador Mário Helton Jorge, do Paraná, ficou em evidência ao proferir comentários considerados xenófobos em um julgamento, onde afirmou que o Paraná tem um nível cultural superior ao Norte e ao Nordeste, além de não possuir o "jogo político" de outros estados.

A sessão do CNJ está agendada para iniciar às 14h30 e não tem hora para terminar. 

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