Mobilização nacional contra juros altos é batalha de vida ou morte para sucesso do governo Lula
Nesta sexta-feira é dia de mobilização contra os juros altos. Roberto Campos Neto não será maior do que 60 milhões de brasileiros que elegeram o presidente Lula
Nesta sexta-feira (16) se inicia uma grande mobilização nacional contra a abusiva taxa básica de juros e a política do Banco Central, presidido por Roberto Campos Neto. Nas principais cidades do país, militantes do PT e de partidos de esquerda, juntos com centrais sindicais e movimentos sociais estão concentrados em denunciar a sabotagem que está sendo aplicada contra o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O evento será marcado por manifestações, caminhadas, reuniões e entrega de folhetos, explicando à população a importância de cobrar do Banco Central a redução da taxa Selic, que atualmente se mantém em 13,75%, sendo a maior taxa real de juros do mundo. A mobilização segue até o dia 2 de julho.
O poder que o Congresso Nacional, sob o patrocínio de Arthur Lira, concedeu ao presidente do Banco Central foi uma das maiores aberrações da nossa república. Sozinho, Roberto Campos Neto pode mais do que toda a classe política e econômica produtiva do país ao manter esse juros abusivos. É um absurdo antidemocrático. E por que não dizer, é um golpe tão grave quanto o 8 de janeiro. Porque, nesta modalidade, não há vidraças quebradas dos três Poderes, mas sim empresas quebradas, impedimento de investimentos, de geração de empregos, mantendo o país refém de uma parcela ínfima da população que lucra infinitamente com o rentismo, sem qualquer contrapeso institucional.
Todos os indicadores da atividade econômica do Brasil demonstram reiteradamente que não há necessidade da taxa Selic em 13,75%. Em maio deste ano, a inflação foi de 0,23%. A taxa é menor que a de abril último (0,61%) e de maio de 2022 (0,47%). Se a principal função dos juros é conter a inflação, a missão há muito já está cumprida. O governo Lula tem feito a sua parte para estimular a economia produtiva, aquela que gera empregos. Em menos de seis meses, aumentou o poder de compra da população com a valorização do salário mínimo; mudou a política de preços da Petrobrás, que já se reflete nas quedas nos preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha. Nesta quinta-feira (15), inclusive, a Petrobrás anunciou uma nova redução no preço da gasolina, contribuindo ainda mais para a queda da inflação. O governo concedeu descontos para a compra de carros novos, estimulando as vendas e a geração de empregos na indústria automobilística; está retomando o programa Minha Casa Minha Vida, permitindo a aquisição da casa própria, tanto para a parcela mais pobre da população, quanto para a classe média. Por meio do programa Desenrola, o governo estimula a regularização de dívidas de até R$ 5 mil. O potencial em dívidas a serem negociadas é de mais de R$ 50 bilhões, o que deve beneficiar cerca de 40 milhões de pessoas.
Ou seja, Lula está trabalhando. Está entregando, mesmo em pouco tempo e sob ataques e chantagens do Congresso e da mídia, o que prometeu na campanha eleitoral, na qual venceu o fascista liberal chamado Jair Bolsonaro. Mas o presidente e seu governo não podem seguir reféns de uma autarquia como o Banco Central, que não recebeu nenhum voto. Por isso a urgência da mobilização pela queda dos juros. Roberto Campos Neto e sua turma do Comitê de Política Monetária (Copom) não podem ser e não serão maiores do que 60 milhões de brasileiros. E mais, a queda da Selic precisa ser acompanhada da queda nos juros do cartão de crédito, do cheque especial, dos financiamentos de veículos e da casa própria. Essa é a batalha de vida ou morte para o sucesso do governo. E é por ela que quem fez o L precisa ir à luta nesta sexta-feira, nas ruas e nas redes. Juros baixos já, e fora Campos Neto.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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