Guerra e paz: o ser outro em si mesmo
Eu sou você, você é eu, respiramos o mesmo ar no mesmo ambiente terrestre
Lição maior de Hegel: a igualdade entre os seres humanos está em ver o ser outro em si mesmo.
Eu sou você, você é eu, respiramos o mesmo ar no mesmo ambiente terrestre.
A responsabidade pela preservação do meio ambiente, portanto, é dual e interativa, tal como a realidade.
A paz é dualidade interativa.
A guerra, ao contrário, é a destruição da dualidade dialética de lados opostos que se afirmam e se negam, mutuamente, como forma de evolução expansiva e eterna.
Está em curso - no cenário da Ucrânia - a negação da realidade.
Jeffrey Sachs reporta ao discurso de Kennedy para demonstrar que Biden nega a realidade ao recusar a razão do adversário Putin.
A expansão imperialista da OTAN, força impulsionada pelos Estados Unidos, nega a razão de ser da Rússia em preservar sua soberania diante de Washington que já deixou explícito seu objetivo: mudar o regime - nacionalista - na Rússia.
A pergunta central, em contraposição, é: Estados Unidos aceitam mudar seu regime, como deseja mudar o regime do outro?
Biden bate de frente com Hegel ao negar a identidade ontológica do ser humano, a de ser ele o outro em si mesmo, o outro com o qual se relaciona no cenário da sobrevivência da humanidade.
Biden, o anti-Kennedy, desconhece a razão do outro ao deixar explícito sua razão básica: extinção do adversário, como tem ficado explícito desde o golpe de 2014 na Ucrânia, para derrubar a democracia e colocar no seu lugar o nazifascismo de Zelensky e tentar sustentá-lo por guerra de procuração na qual participa essencialmente terroristas comprados a peso de ouro.
O rompimento da barragem Kakhouka é terrorismo louco.
Nesse sentido, ao resolver atacar quem está sendo armado por quem nega o direito do outro, a Rússia optou por guerra defensiva.
Quem se deixa, voluntariamente, ser assaltado e morto?
Afinal, só cego não viu/vê as manobras preliminares da OTAN para forçar o desfecho da reação russa contra a nazifascismo ucraniano-bideano-otanista.
A guerra do império como auto-razão de si mesma.
Sem se atentar para o pressuposto hegeliano, a guerra nuclear se torna quase inevitável, se os adversários, antes, não sentarem para conversar.
Afinal, se a bomba maior explodir, não haverá vencedor.
A razão para o irracional seria a morte?
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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