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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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Bolsonarismo sem Bolsonaro é como nazismo sem Hitler

O 8/1 não foi o início de um processo golpista; foi o fim. Nos próximos trinta anos ninguém vai ser doido de tramar um golpe de estado

Jair Bolsoanro e ato golpista em Brasília (Foto: REUTERS/Carla Carniel | Joédson Alves/Agencia Brasil)

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Não haverá novo Hitler nem novo Bolsonaro. Haverá seguidores, sim. Não se sabe até quando. Só que seus seguidores, por mais que desejem e se esforcem, não vão repetir o que fizeram seus ídolos. 

   Há neonazistas às pencas por aí, conspirando e muitas vezes atacando e matando pessoas, mas implantar um regime nazista é impossível. Repetir campos de concentração é impossível. Porque nenhuma sociedade vai permitir atrocidades contra minorias. E porque não há nem haverá um novo Hitler. Esses malucos idiotas precisam de um líder, de um guia. 

   Nazismo só acontece uma vez. Com bolsonarismo é a mesma coisa. Essas hecatombes pegam países de surpresa. Chegam como novidade, ninguém sabe o que é. Os resultados, terríveis em todos os sentidos, atuam como vacina para a população, que não lhes dá segunda chance.  

   O que é o bolsonarismo? É ser contra as vacinas? Mas o governador Tarcísio de Freitas se diz bolsonarista, e é a favor. Não dá para copiar Bolsonaro mais. Não dá para desconfiar das urnas eletrônicas, não dá para pregar golpe de Estado. Dá cadeia.

   Mesmo se Bolsonaro disputar a presidência depois da inelegibilidade, não poderá usar mais seus temas preferidos na campanha, sob risco de ser cassado. Nem ele poderá ser o Bolsonaro de 2018 a 2022, quanto mais seus supostos herdeiros.  

   Então sobra o que do bolsonarismo sem golpismo? Sem violência? Sem ataques à democracia? E até sem Bolsonaro?

   Sempre haverá malucos atacando Alexandres de Moraes por aí, seja em locais públicos, seja nas redes sociais, mas quem vai cuidar deles é a polícia. É a Justiça. 

   O 8/1 não foi o início de um processo golpista; foi o fim. Nos próximos trinta anos ninguém vai ser doido de tramar um golpe de estado.

   Espero estar vivo para ver.  

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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