Bolsonarismo sem Bolsonaro é como nazismo sem Hitler
O 8/1 não foi o início de um processo golpista; foi o fim. Nos próximos trinta anos ninguém vai ser doido de tramar um golpe de estado
Não haverá novo Hitler nem novo Bolsonaro. Haverá seguidores, sim. Não se sabe até quando. Só que seus seguidores, por mais que desejem e se esforcem, não vão repetir o que fizeram seus ídolos.
Há neonazistas às pencas por aí, conspirando e muitas vezes atacando e matando pessoas, mas implantar um regime nazista é impossível. Repetir campos de concentração é impossível. Porque nenhuma sociedade vai permitir atrocidades contra minorias. E porque não há nem haverá um novo Hitler. Esses malucos idiotas precisam de um líder, de um guia.
Nazismo só acontece uma vez. Com bolsonarismo é a mesma coisa. Essas hecatombes pegam países de surpresa. Chegam como novidade, ninguém sabe o que é. Os resultados, terríveis em todos os sentidos, atuam como vacina para a população, que não lhes dá segunda chance.
O que é o bolsonarismo? É ser contra as vacinas? Mas o governador Tarcísio de Freitas se diz bolsonarista, e é a favor. Não dá para copiar Bolsonaro mais. Não dá para desconfiar das urnas eletrônicas, não dá para pregar golpe de Estado. Dá cadeia.
Mesmo se Bolsonaro disputar a presidência depois da inelegibilidade, não poderá usar mais seus temas preferidos na campanha, sob risco de ser cassado. Nem ele poderá ser o Bolsonaro de 2018 a 2022, quanto mais seus supostos herdeiros.
Então sobra o que do bolsonarismo sem golpismo? Sem violência? Sem ataques à democracia? E até sem Bolsonaro?
Sempre haverá malucos atacando Alexandres de Moraes por aí, seja em locais públicos, seja nas redes sociais, mas quem vai cuidar deles é a polícia. É a Justiça.
O 8/1 não foi o início de um processo golpista; foi o fim. Nos próximos trinta anos ninguém vai ser doido de tramar um golpe de estado.
Espero estar vivo para ver.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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