UE vai anunciar 800 milhões de euros para projetos climáticos no Brasil, Argentina e Chile
Anúncio será feito durante a cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), que será realizada na próxima semana
ANSA - A União Europeia anunciará novos projetos climáticos no Brasil, na Argentina e no Chile durante a cúpula da semana que vem com a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).
A reunião acontecerá entre os dias 17 e 18 de julho, em Bruxelas, e reunirá dezenas de líderes dos dois lados do Atlântico, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Os projetos serão financiados pelo Banco Europeu de Investimento (BEI) e totalizam cerca de 800 milhões de euros, segundo comunicado divulgado no site da instituição nesta sexta-feira (14).
Os empréstimos para ações climáticas em Brasil, Argentina e Chile se inserem no âmbito do Global Gateway, megaprograma de investimentos da UE para ampliar sua influência no mundo.
Segundo o BEI, as iniciativas prometidas para a cúpula UE-Celac incluem "o financiamento da primeira hipoteca residencial para unidades habitacionais eficientes fora da União Europeia", bem como apoios à "indústria do hidrogênio verde".
Além disso, os recursos serão usados para "expandir, modernizar e aumentar a resiliência das redes de transporte de eletricidade" e para apoiar projetos de energias renováveis e eficientes e de bioeconomia".
O pacote também prevê o financiamento de ações de gestão de resíduos e para a instalação de células fotovoltaicas em moradias e pequenas e médias empresas.
No último fim de semana, a UE já havia anunciado um programa de 35 milhões de euros para combater o desmatamento e promover o desenvolvimento sustentável da Amazônia, também no âmbito do Global Gateway.
Em visita à América Latina em junho, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, prometeu investir 10 bilhões de euros nos países da região e do Caribe, sendo 2 bilhões para apoiar a produção de hidrogênio verde e promover a eficiência energética no Brasil.
Segundo um funcionário de alto escalão da UE, a cúpula da semana que vem mostra que as relações com a Celac "voltaram", mas ele não espera "avanços concretos" nas negociações do acordo comercial com o Mercosul.
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